União Progressita deve sofrer dissolução

A mega federação sofre desgaste precoce e deve ser dissolvida, conflitos entre caciques são insuperáveis

União Progressita deve sofrer dissolução

A Federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas (PP), enfrenta um período de incerteza e desgaste político. Criada em agosto deste ano, a aliança pode se desmanchar antes mesmo de completar um ano de existência, segundo apuração do BNews.

Nas últimas semanas, dois deputados federais do Paraná anunciaram saída dos partidos que compõem a federação. Um deixou o PP para se filiar ao Republicanos, enquanto o outro migrou do União Brasil para o Podemos. Essas movimentações reacenderam o debate sobre a viabilidade e o futuro do grupo.

Resistência interna e cálculo político dentro da União Progressista
Apesar das deserções, o fim da União Progressista ainda enfrenta resistência. O principal defensor da manutenção do bloco é o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, que vê na federação uma ferramenta estratégica para ampliar tempo de rádio, TV e acesso ao fundo eleitoral.
Além disso, esses recursos são considerados essenciais para viabilizar sua possível candidatura ao governo da Bahia em 2026.

Nos bastidores, entretanto, cresce a percepção de que o projeto perdeu força política e sentido estratégico. Criada para fortalecer a representação das siglas no Congresso, a federação hoje lida com divergências regionais e dificuldades de alinhamento entre suas bancadas estaduais.

Futuro incerto da União Progressista
Enquanto o PP demonstra pouca disposição para manter a parceria, o União Brasil tenta evitar uma ruptura brusca que possa desorganizar sua estrutura nacional. Para parte da legenda, o bloco ainda serve como instrumento de negociação política até o início das campanhas de 2026.

Por ora, a Federação União Progressista segue formalmente ativa. No entanto, sua continuidade dependerá da capacidade de conciliação entre as lideranças das duas siglas. Caso contrário, o grupo pode se tornar mais um experimento político que não resistiu ao teste do tempo.